- Hatsume, cala a boca porra! Não quero saber dessas merdas que você faz, só arruma logo meu traje!
- Vamos negociar assim, Bakugou, você testa um dos meus bebês e eu arrumo suas manoplas, pode ser?
- Você tem problema na cabeça, né?
- Já sei, você testa esse óculos, em troca, eu coloco um dispositivo nas suas manoplas, para potencializar suas explosões e podemos inclusive estudar para diminuir o peso delas.
Ela não é boba, sabe negociar, como ela tem a ficha de todos os nossos equipamentos, ela sabe exatamente os problemas que temos e o que queremos otimizar.
- Fechado então, como que é essa porra?
- É um óculos, que você deve ver o que a pessoa quer naquele momento.
- Por que diabos você tá criando uma merda dessas?
- Porque eu quero, fazendo isso, eu posso entender o que estão precisando para melhorar no treinamento.
…
Já fazia 15 minutos que eu estava andando pelos corredores, procurando alguém para testar o bendito dos óculos.
-CADÊ ESSES MALDITOS QUE ESTÃO O TEMPO TODO ANDANDO PRA LÁ E PRA CÁ NESSA MERDA DE COLÉGIO??? - Fui andando para o prédio do dormitório, lá com certeza teria alguém para testar essa porra.
…
Ao chegar no prédio, vejo o Sero sentado no sofá, logo coloquei os óculos e comecei a ver que acima de sua cabeça, aparecia uma espécie de nuvem.
Não acredito que essa desgraçada ainda pensou em fazer aparecer uma nuvem como as de cartoons.
Logo algumas laranjas apareceram na tal nuvem, assim tive a ideia de fazer algumas pesquisas.
Então fui até a cozinha e peguei uma laranja, entregando pra ele.
-Po, valeu Bakugou! Eu estava louco para comer uma laranja mesmo, mas estava com preguiça de levantar, mas, cara, que óculos são… - Parei de prestar atenção do que ele falava vi que a laranja passou a sumir da nuvem.
Peguei um papel qualquer e comecei a anotar as hipóteses que poderiam aparecer.
“hipótese #1: ele queria uma laranja e após ter a laranja em mãos, a imagem da laranja parou de aparecer na nuvem”
-Bakugou? O Bakugou?
- O que foi, caralho?
- Cara, to te chamando a mó cota, ai tu só pegou um papel ai e começou a escrever, tá parecendo o Midoriya, que começa a escrever do nada, ta tudo bem?
-A Hatsume, da galera do suporte me pediu para testar os óculos e só estou fazendo hipóteses para passar o tempo.
- Depois fala do Midoriya, mas você é tão nerd quanto ele.
- A vai chupar um canavial de rola, moleque! - Sai deixando ele para trás, onde já sei viu, eu, parecer com o Deku! Eu sabia que fumar tanto ia deixar o Sero sequelado, filho da puta!
Algum tempo depois, finalmente me acalmei e continuei minha pesquisa, Mina começou a me encarar, do outro lado do corredor e veio correndo em minha direção, eu via que na sua nuvem, aparecia… o Kirishima?! na verdade, parando pra pensar, faz sentido, eles sendo um casal, isso acontecer.
-Bakugou! O que você tá fazendo aqui? Você normalmente não fica aqui nos dormitórios esse horário, aconteceu alguma coisa?
- Você está indo ver o Kirishima, né? Disfarça melhor porra! - Então a individualidade pode mostrar pessoas também? Será que simplesmente o fato de ver a pessoa soluciona?
Bati na porta do Kirishima, assim que ele abriu, seu desespero era evidente, ignorando seu desespero completamente, passei a olhar para Mina, a imagem ainda era de Kirishima, peguei novamente meu papel e segui andando para uma direção qualquer.
“ hipótese #2: Na nuvem , pode aparecer pessoas e aparentemente, só ver a pessoa, não é o suficiente, ainda estou no estudo em como resolver essa questão”
Eu ainda tinha mais dúvidas sobre os óculos, tinham muitas hipóteses, será que poderia mudar de uma hora pra outra? Uma pessoa indecisa teria várias coisas na nuvem ou as coisas estariam mudando? Havia muitas possibilidades e eu já não sabia se deveria ter aceitado.
Então uma possibilidade passou pela minha cabeça, o Deku… ele sempre sabe resolver essas coisas, testar as hipóteses, etc.
Escrevi minhas ideias e fui até o quarto dele, para ver o que ele achava.
…
- DEKU!!!ABRE A PORTA PORRA! - Assim vi passos correndo e ele abre a porta assustado, não queria nem sequer começar a escutar ele falando e falando.
Quando sentamos em sua cama, entrego os óculos e minhas anotações a ele.
- A Hatsume me pediu para testar,fiz dois testes e muitas possibilidades começaram a aparecer, então resolvi trazer pra você, já que tu sabe como otimizar as hipóteses.
- Kacchan… eu… não posso te ajudar com esse óculos…
- POR QUE PORRA???
- A Hatsume me pediu pra testar o óculos… mas… como eu não consegui trazer um relatório,ela não me deixou testar de novo…
- O que aconteceu pra você não conseguir fazer um relatório? O negócio é a coisa mais simples que tem, tu não é tão burro assim Deku, nem vem!
- É que… - Quando ele abriu, ele começou a ficar vermelho…MUITO VERMELHO, mas que porra é essa??
- Desembucha, que você não abrir a boca, a Hatsume me fala, prefere que seja ela?
- Tá bom…Acontece que… lembra que algum tempo atrás você tava assistindo romance com a Mina?
- Lembro… Ele falou que fazia as minhas tarefas do dormitório, para eu treinar, se assistisse o filme com ela.
- Eu acabei passando por vocês, com os óculos… a Mina, teve com a imagem do Kirishima…
- Sim, os dois são um casal, é normal que pensem um no outro quando se assiste algo de romance.
- Mas você… Bem… Estava… é… A imagem que apareceu…
- Desembucha moleque!
- Era eu! - O que? - Eu era a pessoa que aparecia pra você enquanto estava assistindo o filme…
Mas… por que… não fazia sentido ser ele… aquela hora eu estava pensando em ir treinar, não pensava em mais nada… não que eu me lembre…
-Faz o seguinte então, coloca o óculos agora, deve ter tido um erro na época e por isso a guria lá do suporte, pediu para testar de volta. - Assim ele colocou o óculos de volta e o tirou na mesma hora.
- Mesma coisa…- Que merda, certeza que tá quebrado essa merda... né?
Então o esverdeado pegou seu celular e colocou atrás da lente do óculos, enquanto explicava que ele funcionava por si só, não precisava de olhos para funcionar. Me estendendo logo em seguida seu celular, tinha a mesma nuvem das outras vezes, bem acima da minha cabeça, mas a imagem que tinha era ele realmente…
O problema é que ele não estava em qualquer posição, de qualquer jeito, era uma pose extremamente erótica, na qual ele estava todo vermelho e…molhado… tinha que admitir que aquela imagem mexeu comigo…
Assim ele colocou o óculos de volta e continuou me olhando… ele continuava vermelho, mas não parava de me olhar…
O problema é que quanto mais eu o olhava, mais reparava nos seus traços. Em sua boca avermelhada, nas sardas marcadas pelo seu corpo, nas pupilas dilatadas, que só pareciam maiores, pelo óculos… Isso tava me irritando pra caralho, nunca fui de reparar essas coisas, por que agora eu tava reparando?
-Kacchan… é… tá mudando… a imagem…
- Viu!... eu… eu sabia que tava errado esse óculos - Eu deveria ter ficado aliviado, mas o ver o Deku tirando o óculos e se levantando, com a mão cobrindo seu rosto, só me fez ficar mais curioso. Coloquei os óculos e fui até a frente do espelho dele e vi o que deixou ele desesperado.
A imagem mudou para algo mais explícito ainda, a pose e expressões eróticas dele continuavam, mas dessa vez, tinha mais um elemento… o óculos, esse desgraçado desse óculos… que infelizmente eu tinha que admitir que deixava ele gostoso pra caralho! Percebi que quanto mais eu pensava nisso, a imagem ia alterando, até que estabilizou nele completamente nu, cansado, com o óculos e o rosto dele, sujos… estava suja da minha…
-Kacchan? Você está ficando vermelho… tá tudo bem?
- Ah! Ta sim! É só que… - Então reparei na imagem na cabeça do Deku… era eu? Mas que pose era essa? Era como se… ele estivesse de quatro em uma cama e eu estivesse deitado sobre ele… mas… eu tava… puxando o cabelo dele? Tinham algumas marcas em seu corpo, principalmente em seu pescoço.
Então era isso que ele imaginava? Ele gostava dessas coisas mesmo?
-Deku…
TRRRIMM-TRRIIMMM
Salvo pelo gongo, não acredito que realmente ia perguntar isso a ele… meu celular me salvou de todas as conversas que provavelmente fariam com que nunca mais conseguíssemos olhar nos olhos um do outro. Não que o clima que tava agora conseguíssemos…
- Alô?
“ Oi Bakugou, tudo bem?”
- Ah! Oi Hatsume, tá pronto meu traje?
“ Tá sim Bakugou, e o meu bebezinho, conseguiu testar? ”
- Ah…Consegui… Eu… Eu vou aí, ver como ficou, valeu.
Desliguei o celular rapidamente, indo até o esverdeado, que olhava para todos os lugares, menos pra mim.
- Eu…vou indo então… - Levantei uma mão para dar tchau, mas foi de uma forma tão baixa que nem sei se podia considerar que levantei ela.
- Kacchan…
- Não precisa falar nada…Deku…ta…tudo bem? - Ele mexeu a mão, acho que querendo se despedir, e no momento que passei por ele, por esse simples movimento, nossas mãos se tocaram…
A pele fria dele, em contato com a minha, extremamente quente, me fez sentir um choque térmico, que fez meu coração acelerar.
Só engoli em seco, continuar pensando nele provavelmente só iria me deixar mais perdido.
…
- Tá aqui, Bakugou! Depois dos treinos,me fala o que você achou dos meus bebês!
- Nem pensa em chamar o meu equipamento de bebe, sua doente, e ta aqui a merda dos óculos! E da aqui o relatório também, ele funciona tá? - Sai deixando ela sozinha, não queria ouvir perguntas que pudessem me entregar ou qualquer coisa assim…Já que a Hatsume é a rainha de fazer perguntas embaraçosas.
Assim alguns dias se passaram e se algum dia já falaram que minha relação com o Deku, não era boa, depois desses dias, nunca mais falariam do nosso passado. O silêncio que gritava na aula, era gigante, paramos todas as mínimas interações, quando nossos olhares se cruzavam, o chão passava a ser muito interessante.
…
- Bakugou, amanhã vamos geral no boliche? Para comemorar o final das provas deste semestre!
- Pode ser, cara. - Quando respondia, comecei a pensar se o Deku não gostaria de ir também, afinal ele gosta desses rolês de galera. Com isso, fiz um sinal com a cabeça para Kirishima perguntar pro Deku, já que ele senta atrás de mim.
- O Izu, tu quer ir também? - IZU???
- Eu… eu quero sim adoro boliche! Valeu Eiji! - EIJI??? Que merda é essa???
Que porra são esses apelidinhos?? Desde quando esses dois têm essa intimidade?
…
- Então ficou decidido! - A turma se dividiu em 4 grupos, sendo 20 alunos no total, ficamos com 10 alunos em cada pista, com 5 pessoas em cada time. - Vamos arrasar timee!!! - Eu não consigo entender como a Mina consegue ser tão animada assim!
No final, nos organizamos igual ficamos na escola, meu time sendo Eu, o Cabelo de Merda, a Alien, o Pikachu cracudo e a Fita Crepe. Nosso time adversário seria o Iida, a Cara de Bolacha, o filho da puta do Meio a Meio, a Asui e por fim…o Deku…
Acabei não prestando atenção nos outros dois time e sinceramente, eu não ligo, meu foco no momento era ganhar do Meio a Meio, mostrar pra ele que sou muito melhor que ele
- Todoroki, vamos dar o nosso melhor! - É irritante o Deku ficar todo animadinho assim com os outros… Eu queria que fosse comigo, mas eu sei que fui…fui eu que afastei ele, não deixando abertura para essas interações…
O jogo continuou, eu vi que eles sabiam jogar, mas no final, a Mina, o Kirishima e o Denki vem aqui o tempo todo, esse lugar é o role deles, então estavam fazendo strike atrás de strike. O Deku muitas vezes ficava nervoso quando ia jogar, o que era compreensível, ele estava sozinho, com um monte de gente apostando tudo nele, ele não é acostumado com isso, então era normal ficar do jeito que ficava.
Depois de algumas horas jogando, todos já estavam cansados, o meu grupo tinha saído, para algum outro lugar do estabelecimento, já que tinham outros jogos e algumas lanchonetes junto do boliche, da outra parte da turma, a maioria já tinha ido embora, incluindo Iida, Asui e a Uraraka. Ainda na área do boliche, só estava eu e o Deku, sentado um ao lado do outro, e o Todoroki, que estava com fones, apoiado na mesa num outro canto.
Voltamos para a estaca inicial, onde não conseguimos falar com o outro, mas essa era a minha chance e conversar com ele, tentar resolver as coisas, esses dias, eu venho pensando e cheguei a conclusão que eu realmente sinto atração por ele e se ele sentia por mim, não tínhamos por que ficar negando essa merda toda, eu sempre fui aberto em todas as situações sobre meus sentimentos, e quando não era aberto com os outros, de forma pública, conversava em particular, igual a vez quando brigamos no centro de treinamento sobre a questão do All Might.
Era isso, ele sempre soube o que eu sentia e pensava, dessa vez não seria diferente!
-Deku, eu-
- Midoriya, vamos embora, eu te acompanho até os dormitórios, afinal acho que o Bakugou vai esperar os amigos dele, não é? - esse desgraçado ficou quieto a noite toda, agora que eu resolvi conversar, ele vem com essa merda?
-Pode ser…
- NÃO! O Deku vai ficar! Eu tenho uma coisa pra resolver com ele, então pode ir embora sozinho, seu merda do caralho!
- Bakugou, todo mundo sabe que você vai um inferno na vida dele, ele não quer ficar perto de você.
- Ah me mama moleque! Para com essa putaria de achar que é vidente!
- Todoroki, tá tudo bem, realmente temos algumas coisas pra resolver, pode ir na frente, vamos logo atrás de você. - Com a fala do esverdeado, finalmente o outro foi embora. - O que você quer,Kacchan? O clima entre a gente já tá ruim, quer piorar ele?
- Eu queria falar contigo sobre a parada do óculos…
- Quer ir andando pro dormitório enquanto isso?
- Pode ser… - finalmente terminamos de arrumar tudo e pagar e fomos caminhando, era um clima calmo e fresco, não tinham muitas pessoas na rua, por conta do horário, o que me deixava mais à vontade para conversar sobre e ele provavelmente também.
- Sabe Deku… Eu estive pensando e acho que tenho parar de negar, eu tenho essas porras de sentimentos, posso não saber lidar com eles 100%, mas quero aprender… - Com a minha fala, percebi Izuku se acalmou, ele até então estava com as sobrancelhas franzidas e com isso, seu rosto relaxou e ele voltou a me olhar.
Meu olhava com aqueles olhos gigantes, que brilhavam no escuro, olhos com esperança, com amor, dedicação, luta, tudo e mais um pouco.
- Então você gosta… de mim?
- Acho que sim - Estava rindo pro nada, não entendo porque tinha vergonha de falar isso em voz alta. Assim o Deku deu um passo a frente, ficando mais próximo de mim, meu coração estava acelerado, parecia queria qualquer momento iria pular, ele me fazia ficar assim, mas eu tinha que tomar uma atitude.
Assim fui me abaixando até a altura dele, mas não consegui terminar de fazer o que estava planejando, pois fui interrompido pelo próprio deku, avançando sobre mim, tocando seu lábios de uma forma desesperada, e eu correspondia com a mesma vontade e velocidade, esse era o beijo que teria acontecia há algumas semanas atrás, se a Hatsume não tivesse interrompido.
Os lábios dele eram suaves e quentes, mesmo que o beijo não fosse romântico, suas mãos ao redor do mesmo pescoço, ainda estavam suadas e um pouco trêmulas, se eu estava nervoso, ele estava mil vezes mais.
Não sei ao certo quanto tempo ficamos nos beijando, mas uma coisa era certa pelos nossos olhares, os beijos não eram o suficiente para tudo aquilo que estávamos sentindo.
Comecei a puxá-lo sem pensar duas vezes para os dormitórios, mais especificamente para o meu quarto, ele não falava nada, só acelerava os passos para me acompanhar.
…
- Kacchan, o que é que você– Fechei a mnhaorta e joguei o esverdeado sobre a mesma, nossas mochilas que estavam na mão, apenas deixei de lado, para poder tocá-lo, ver ele daquela forma, tão nervoso e envergonhado, me fazia ter vontade de foder ele mais ainda. Como ele podia ser tão fofo? Continuei a beijá-lo mas dessa vez, eu o empurrava com meu porta contra aporta, minha mãos apertavam forte a sua cintura, que fazia sentir vibrações em seus lábios, isso fez com que eu afastasse meu rosto dele, que como reação, tentou se esconder, falhando miseravelmente, eu iria escutar aqueles gemidos,custe o custar! Apertei novamente sua cintura, mas ainda estava segurando, já que suas mãos ainda estavam no seu rosto.
- Deku, eu to perdendo a paciencia, tira a porra da mão da boca - sussurrei em seu ouvido, que me fez sentir todas as parte do seu corpo, que estavam em contato com a minha, se arrepiarem.
Ao fazer novamente o movimento, ouvi o gemido dele, era algo tão manhoso, mas com tanto desejo, ele cravou as unhas curtas nos meus ombros, que me deixaram fraco, ele fazia meu corpo responder ao que ele quisesse.
Começo a desabotoar sua camisa do uniforme, passado minha mão pela sua barriga e peito, sua pele era fria, diferente de seus lábios, que estavam tão quentes. Ele começa a puxar minha camisa por cima, que como sempre ando com os primeiros botões desabotoados, saiu com facilidade, ao abraçá-lo minha pele gritou como toque, seu peito subindo e descendo, junto ao meu, em uma respiração tão acelerado, me deixava mais excitado do que achei que poderia ser possível. Eu não aguentava mais, precisava sentir cada parte do seu corpo, com isso, o peguei no colo e levei até a cama, o jogando nela.
Quando comecei a desabotoar sua calça, ele segurou minhas mãos, me deixando confuso.
- Espera Kacchan, quero te mostrar um negócio! - Ele levantou correndo até sua mochila, buscando algo, eu só reparava nas pintinhas que tinha nas costas dele, parecia um céu estrelado no qual eu nunca iria reclamar de me perder. - Achei! - Ele falou vindo até mim
Ao sentar novamente na cama, ele se curvou e colocou algo no rosto, e quando olhou novamente pra mim, ele estava… com um óculos?
- Quando mudou a imagem pra ti, tinha aparecido…bom… você sabe.
- Eu sei sim - soltei um riso não me aguentando com a situação - e desde quando você anda com esse óculos pra lá e pra cá?
- Desde quando você saiu do meu quarto aquele dia…
- Safado do caralho - Comecei a rir dele ficando cada vez mais nervoso
- Para Kacchan! - Puxei ele pra cima de mim deitando na cama. Ao me ajeitar na cama com ele, peguei o óculos do rosto dele e coloquei pra ver o que ele achava.
- Combina comigo? - Ele simplesmente enfiou o rosto no meu peito, tentando não olhar pra mim, até se acalmar e olhar novamente, mas não tirava o rosto do seu “novo apoio” - Gosta de ficar ai?
- Gosto, são macios… e grandes - Passei minha mão contornando a cintura do esverdeado até a sua bunda, que peguei o máximo que conseguia e apertei o mais forte que consegui, fazendo ele gemer alto.
- Também gosto disso aqui, também é macio e grande pra caralhoo em! Mó pandeirão em Deku! - Voltei a rir dele, enquanto ele batia no meu peito tentando se soltar, o que era fofo,pois se via que era só birra, já que ele tinha força pra sair caso quisesse.
Ao se acalmar, voltei a beijar ele, mas agora não tinha mais aquele desespero, ou pressa, agora eram só sentimentos, sentimentos que tinham que ter sido expostos a muito tempo.
- Você é então quente, Kacchan… e é…- Ele afundou novamente o rosto em mim - E é cheiroso
- É por causa da nitroglicerina, tu sabe disso, Deku.
- Eu sei, mas sentir o cheiro direto na sua pele, é diferente, é tão docinho, parece um caramelo.
- Mas a comida aqui é você! - Comecei a fazer cócegas nele, junto com um ataque de beijos, sua risada soou angelical para mim, saber que aquela risada finalmente era minha, era mágico.
Ficamos assim até que em certo momento, ele querendo me fazer parar, sentou sobre mim e segurou meus pulsos, até cena mexeu em algo no meu âmago, ver todas as suas pintas, tuas cicatrizes, estrias, tudo, todas as suas marcas, o deixavam tão atraente.
- Kacchan, eu… eu… eu quero sentir você…
- Eu também foder com você, não fica nossa que falar todo fofinho que eu vi a imagem que tava na sua nuvem, eu já sei como você é.
- Tá bom…- Ele foi até o meu ouvido - Kacchan, me fode, por favor…
A forma como ele falou esquentou algo lá embaixo, me fazendo puxar seu cabelo por impulso. Ele fez uma expressão de dor por um momento, mas logo abriu o sorriso mais safado que eu já vi, no mais puro deleite sobre a dor que sentia.
Puxei ele para fora da cama, fazendo ficar ajoelhada a minha frente, na hora que ia soltar seus cabelos, ele já entendeu o que eu tinha em mente e eu já se adiantou, abrindo minha calça. Ainda assim soltei seu cabelo, para segurar com força seu maxilar.
- Chupa! - Seus olho brilharam com a ordem, mas por estar me olhando, ele não se mexeu, então puxei seu rosto. - Eu mandei chupar, porra!
Ele começou rapidamente a abaixar minha calça, puxando a box junto, fazendo meu membro saltar. O esverdeado não pensou duas vezes antes de obedecer minhas ordens, sua boca se mexia de uma forma tão leve, com a língua passando por cada centímetro do meu pau. Quando senti que estava perto do meu ápice, o afastei, tenho certeza que ele percebeu, ele tinha um sorriso convencido.
-Deita de quatro pra mim, Deku, agora! - Ele obedecia sem pensar, mas sempre com um sorriso no rosto. Como esse moleque consegue ser assim, como ele consegue me deixar assim? Nunca tive nenhuma fraqueza por ele, quando éramos mais novos, mas depois que ele despertou sua individualidade e passou a ser mais independente de mim, eu passei a vê-lo com outros olhos.
Deixando isso de lado, peguei seus quadris, o puxando para mais próximo de mim, não sei se poderia ser impressão minha, mas sua bunda parecia maior, principalmente quando tirei o resto das suas roupas. tinha algumas pintinhas pela sua bunda e suas pernas, mas não eram tão concentradas como nas costas, braços e seu rosto. Fiquei um tempo olhando para tudo que estava à minha frente, mas aparentemente, ele não estava com muita paciência.
Midoriya balançava seus quadris levemente, mas de uma forma extremamente convidativa e eu cedi a sua tentação. O preparando de uma forma extremamente lenta, com reações delirantes que poderiam ser consideradas como pecado, certamente.
Eu sentia meu pau pulsando por ele, e ele já desejava por mim, ele já estava preparado, não tinha dor, somente prazer. Cada movimento que acontecia, sentia todo seu interior, era inexplicável. Até que lembrei da imagem do Deku e senti, que se eu estava tendo meus desejos atendidos, ele também deveria ter. Me encaixei nele, deitando um pouco seu corpo, com uma das minhas mão, puxei seu cabelo e comecei a socar o mais forte que conseguia. Izuku revirava os olhos, estávamos extremamente suados e tudo isso deixava a cena mais excitante.
Até que senti meu ápice, onde parei tudo e pedi para o Izuku ajoelhar novamente, aquela imagem dele com o óculos no rosto, estava pregada na minha mente e precisava realizá-la. Então comecei a me tocar, tendo olhava para ele, cada detalhe seu… eu não aguentava mais, principalmente e ele também se tocava. Com isso, eu gozei o rosto dele, ele ficou tão… tão sexy assim. Não demorando muito mais para ele gozar também.
- Kacchan… - Ele falou, limpando o rosto - Você esqueceu de me devolver os óculos…
Porra, não acredito que esqueci disso, eu tava tão excitado que acabei nem percebendo que ele estava sem o óculos. Nós não aguentamos e começamos a rir, era uma coisa tão boa, mas tão confortável, ter essa naturalidade depois de uma transa. Esse sensação que não preciso ser algum personagem ou qualquer merda do tipo…
Enfim tirei os óculos e deitamos na minha cama, mas não aguentamos e fomos tomar um banho. Talvez… tenha rolado mais umas passadas de mãos…
…
Acordei encaixado em algo quentinho… eu sabia muito bem o que era e eu preferia me fingir de bobo e que eu não estava acordado, não queria gritar com ele logo de manhã, mas ele ia estranhar se não gritasse, eu só queria ficar no peito dele um pouco.
- Kacchan, eu sei que você tá acordado, ta?
- Vai tomar no seu cu então, me deixa ficar aqui um pouco, porra!
- Desculpa Kaccha, não sabia que tava precisando de colo.
- Já foi se fuder hoje, seu desgraçado?
- Hoje não, mas ontem sim e ue to olhando pra quem me fudeu - As risada que ele soltava junto de suas respostas, era como se ele estivesse precisando só de uma transa pra perder a porra da vergonha toda. Que pensando bem, na verdade, acho que era o que precisávamos para ter uma intimidade de eu assumir que queria carinho e ele aprender a responder as coisas.
- Vai se foder, amor!
- AMOR?????